segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Amor a Deus e ao Próximo

Amor a Deus e ao Próximo por John Wesley

(1) O amor a Deus. Porque assim diz sua palavra: “Você irá amar o Senhor seu Deus, com todo seu coração, com toda sua alma, com toda sua mente, e com toda sua força”. Tal amor é esse, como que se apoderando de todo o coração; como acolhendo todas as afecções; como preenchendo a capacidade total da alma, e empregando a mais extrema extensão de todas as suas faculdades. Ele que assim ama o Senhor seu Deus, seu espírito, continuamente, “regozija-se em seu Deus Salvador”. Seu deleite está no Senhor; seu Senhor e seu Tudo, a quem “em tudo dá graças. Todo seu desejo está no Senhor, e para a lembrança do seu nome”. Seu coração está sempre clamando: “Quem mais eu tenho no céu, a não ser a ti? E não há ninguém sobre a terra que eu deseje além de ti”. Realmente, o que mais ele deve desejar além de Deus? Não o mundo, ou as coisas do mundo: Porque ele está “crucificado para o mundo, e o mundo crucificado nele”. Ele está crucificado para “o desejo da carne, o desejo do olho, e o orgulho da vida”. Sim, ele está morto para o orgulho de toda a sorte: Porque “o amor não se ensoberbece”; mas “ele que habita no amor, habita em Deus, e Deus nele”, é menos do que nada, para seus próprios olhos.

(2) O amor ao próximo. Para isso diz nosso Senhor, nas seguintes palavras: “deves amar o teu próximo, como a ti mesmo”. Se algum homem perguntar: “Quem é o meu próximo?” Nós respondemos: todos os homens do mundo; todos os filhos Dele que é o Pai de todos os espíritos de toda a carne. Nem nós podemos excluir nossos inimigos, ou os inimigos de Deus e suas próprias almas. Mas todo cristão ama esses também, como a si mesmo. Sim! “Como Cristo nos amou!”. Ele que gostaria de entender, mais completamente, que espécie de amor é esse, podemos considerar a descrição de Paulo, sobre ele: “O amor é paciente e benigno”. “O amor não arde em ciúmes ou inveja, e não se ufana”. “O amor não se ensoberbece”; mas faz aquele que ama, o menor, o servo de todos. “Não se conduz inconvenientemente”; mas torna-se “todas as coisas para todos os homens”. “Não procura o seu interesse”; mas o que é bom dos outros, para que eles possam ser salvos. “Não se exaspera”; ele atira fora a ira. "Não se ressente do mal. Ele não se alegra com a injustiça, mas regozija-se na verdade. Ele protege todas as coisas; acredita em todas as coisas; espera todas as coisas; suporta todas as coisas".

autor: John Wesley

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Nas Mãos do Oleiro



"Palavra do Senhor que veio à Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do Senhor: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel." (Jeremias 18:1-6)

São muitas as ilustrações que este texto das Escrituras nos traz; coisas práticas para observarmos em nossa vida cristã diária, como por exemplo:

1. É na casa do oleiro que o vaso é moldado. Se o Senhor Deus é o oleiro e nós somos os seus vasos, A IGREJA É A CASA DO OLEIRO, POIS A IGREJA É A CASA DE DEUS. É lá que somos tratados, moldados e remodelados por Deus. Aconteça o que acontecer não se afaste da igreja.

2. Nós somos obra do Senhor e a cada dia ele nos molda para ficarmos segundo o desejo do Seu coração, segundo a forma que Ele planejou para que sejamos. Para nos moldar ele usa a "roda da vida". Cada dia da nossa existência é como se fosse um giro dessa roda. Coisas boas e ruins acontecem, encontramos pessoas boas e ruins, tudo o Senhor Deus usa para moldar o nosso caráter, para nos fazer melhor.

3. Às vezes fazemos coisas erradas, pois estamos no meio de um aprendizado. Outras vezes são até mesmo erros graves; estragamos tudo, nos estragamos junto; mas, se estivermos nas mãos do oleiro ele fará de nós um outro vaso. Este é o segredo: nossa vida precisa estar sempre nas mãos de Deus. Eventualmente cometeremos erros, simplesmente pelo fato de não sermos perfeitos. Quando éramos crianças e estávamos começando a andar, todos nós, sem exceção, caíamos ao tentar andar, mas, nossos pais nos ergueram a cada vez que caíamos. "O cair é do homem, mas o levantar é de Deus. Ouse andar com Deus" Se você cair, não ficará prostrado, pois o Senhor o levantará.

4. "tornou a fazer dele OUTRO VASO SEGUNDO BEM LHE PARECEU." Isto precisa ser bem assimilado. Quando nos estragamos nas mãos de Deus ele faz um outro vaso, um vaso novo segundo bem lhe parece. Não seremos mais os mesmos. Temos que esquecer o passado e partir para o futuro confiante na misericórdia do Senhor que é grande. Não adianta viver na nostalgia, na saudade daqueles tempos, etc. temos que olhar para frente, agirmos como vasos novos, prontos para sermos cheios de coisas novas. Quando Deus faz um vaso novo, em minha opinião, Ele o faz melhor do que o anterior. Querer ser o mesmo vaso de antes traz lembranças ruins, frustração... Encarar o fato de que se é um vaso novo traz desafio.

5. O barro só pôde ser reaproveitado porque estava mole, maleável. A água, a chuva é um símbolo do Espírito Santo. A ação D´Ele em nossas vidas nos faz maleáveis. Exponha-se à ação do Espírito em sua vida. Deixa Ele amaciar você. Para melhor entendimento do que estou falando, vamos ler a respeito de outro vaso, no mesmo livro do profeta Jeremias exatamente no capítulo seguinte, o 19. Parece que pela ordem em que o assunto foi abordado, Deus estava querendo comunicar-nos algo.

Jeremias 19: 1, 2 : "Assim diz o Senhor: Vai, compra uma botija de oleiro e leva contigo alguns dos anciãos do povo e dos anciãos dos sacerdotes. Sai ao vale do filho de Hinom, que está à entrada da Porta do Oleiro, e apregoa ali as palavras que eu te disser..." v. 10 "Então, quebrarás a botija à vista dos homens que foram contigo e lhes dirás: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, QUE NÃO PODE MAIS REFAZER-SE..."

Isso não é interessante? No capítulo 18 lemos sobre um vaso que se estragou e encontrou recuperação e aqui, no capítulo 19 lemos de um vaso que, sendo quebrado não pode ser recuperado. Por quê? Muito simples. Aquele estava mole, maleável, tratável, corrigível; este, endurecido pelo tempo, já estava seco.
Cuidemos, pois, das nossas vidas para que não fiquemos com os corações endurecidos, secos e sejamos quebrados de uma só vez. Espero que estas breves letras o impulsione para estar mais perto de Deus. Seu lugar deve ser nas mãos do Oleiro Celestial.

Pr. Antônio Cirilo